triângulo das bermudas /bermuda triangle
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quando num espectáculo ficamos entre:
-a senhora ao lado que no intervalo comenta com a sua vizinha o escândalo que são as tosses do s. carlos mas passa o espectáculo todo a dizer pequenas frases ou palavras, qual doente de sindroma de tourette, tipo "pois é", "assim sim", etc, sem contar com os sonoros "eh!eh!eh!" sempre que há a mais leve aproximação humorística;
-o pseudo-moderno casal, do outro lado, que vai às artes com os pais passando a esposa o tempo todo com o telemóvel em silêncio na mão, mas a acender-se permanentemente, recebendo e enviando furiosamente sms, que mostra ao marido que envergonhado tenta estar com atenção à peça;
-e atrás a enorme família de queques intelectuais que arrasta o pobre filho adolescente, que silencioso aguenta a estopada, e igualmente a filha de três anos que obviamente não foi feita para aguentar um espectáculo de dança contemporânea de duas horas e meia, passando o tempo todo a tentar falar em surdina com os pais, e a mexer-se no minúsculo espaço das filas do ccb, abanando constantemente o assento da frente, quando não tentado mesmo passar para a essa fila sobre as costas das cadeiras perante a passividade da mãe (felizmente não aguentou a segunda parte desatando em choro e sendo finalmente "expulsa" do auditório com a mãe, que obviamente culpabilizou o pai); compreende-se perfeitamente o problema da criança, principalmente quando nos apercebemos que lhe deram o nome de caetana
when assisting a performance we are between;
-the old lady, on our right, criticizing during the intermission the cough problem of the opera, when she spends all the time vocalizing small words and sentences, like a tourette syndrome patient, like "good, very good" or "there it is", not forgetting the loud "eheheh!" every time there are a slight humorous mention in the performance;
-the pseudo-modern couple, that goes to "the arts" with her parents, and then she spends all the time with the mobile phone in hand, silent, but permanently blipping in the dark while she receives and furiously writes messages, showing them to the ashamed husband that is trying to be attentive;
-and behind, the enormous intellectual-posh family that oblige the poor silent annoyed teenager son to assist the show, but also the three years old daughter, that obviously wasn't made to manage two and a half hours of contemporary dance, spending all the possible time trying to speak "softly" with the parents or someone else, while constantly moving in the small space of the theater rows, shaking the front seat, when not trying to pass to the front row over the chairs, while the mother passively try not to notice (finally she cannot manage more than the middle of the second half of the performance and loudly cried until she was expelled from the auditorium with the mother, that obviously said that it was the father's fault), lately the child problem is understood when we notice that the parents named her caetana
quanto ao espectáculo, sim, não foi mau, principalmente a terceira parte
about the performance, yes, it wasn't bad, specially the third part
william forsythe "bongo bongo nageela"
em/in "impressing the czar"
musica de/music by thom willems
royal ballet of flandres
(no video uma antiga apresentação do frankfurt ballet
in the video an old presentation by the frankfurt ballet)
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