as minhas coisas favoritas, e outras que não o são, pois nem sempre se tem o que se quer
my favourite things, and others that are not, as we don't ever get what we want

2009/02/02

MILK

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ontem, domingo, tal como todos os outros, fui ver o milk
sala cheia, até o primeiro lá estava à frente
e por muito que se diga que é o van sant a fazer cinema comercial e vénias ao "sistema", o filme é bom (poderá não ser genial ou uma obra-prima), o cruzamento entre as imagens reais e as actuais dão-lhe um toque documental necessário numa obra para todos os efeitos com pendor político e de intervenção, o penn é genial, o franco de cair, as interpretações perfeitas, as suaves introduções musicais escolhidas a dedo, etc, etc
e sim, principalmente toca onde deve tocar, a meio apeteceu-me atirar um sapato à fila da frente pelo chumbo da lei do casamento, e sair para a rua lutar

yesterday, sunday, like all the others, i've gone to see milk
full room, even the prime-minister was there in the front
and even with all the critics saying that it is van sant doing commercial pictures and bending to the "system", the movie is good, the mix of real and actual footage gives it a documentary edge necessary to a work as political and of intervention as it was meant, penn is genius, franco is to die for, the interpretations perfect, the mild music score wisely chose, etc, etc
and yes, it touch where it should touch, in the middle of it i've got the impulse to throw a shoe to the front row for the failure of the marriage law proposal, and get out to the street and shout



como já há uns tempos postei o discurso do harvey milk em versão animada, ponho agora aqui outra animação dos mesmos gajos, www.causecast.org, sobre o harvey
has i already posted harvey milk speech a few time ago in an animated version now i post another video by the same guys, www.causecast.org, about harvey

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finalmente encontrei o hope speech completo
finally found the complete hope speech

2 comentários:

Anónimo disse...

moral da história:
a vida começa aos 40,
mas é necessário esforçarmo-nos.
estratégias:
umas derivas no metro da capitalis;
mudança de residência para o algarve ou, no minimo, para a costa vicentina a produzir rissóis ou pasta de azeitona; e, finalmente, a sapatada com o apoio da população piscatória.

do Ó Pires de Sousa disse...

querida, tenho a ideia que a vida do harvey não se consegue tão facilmente transcrever para a nossa realidade

1º nas minhas viagens de metro por aqui ainda nunca consegui encontrar o james franco
2º as nossas estações são mais recentes e não têem esquinas tão simpáticas como aquelas para encontros imediatos do 4º grau

no entanto a ideia de abandonar a vida de trabalho "sério" da capital por produzir rissóis ou pasta de azeitona seria maravilhosa embora ao mesmo tempo não ache que nem a costa vicentina nem mesmo o algarve se possam comparar de forma alguma à san francisco dos idos anos 70

quanto à sapatada com a população piscatória também não sei, principalmente tendo em conta que isso só fez com que ele não chegasse aos 50

além de que já vou com 1 ano, 9 dias, e aproximadamente uns minutos mais do que 18 horas para ir para uma esquina do metro ver se mudo de vida

mas segundo outro ângulo (e analisando os nossos últimos tempos) sim, tens razão, a vida começa (ou recomeça) aos 40...

por isso corre para a escola JÁ!